> Local: Piracicaba, SP

> Data: início em julho 2014.

> Cliente: IPPLAP, Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba.

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> ESTRUTURAÇÃO URBANO-AMBIENTAL E DE MOBILIDADE PARA O 

TERRITÓRIO DO PARQUE LINEAR ÀS MARGENS DO RIO PIRACICABA

 

Piracicaba sempre teve uma relacão cidade-águas diferenciada.

No triste panorama típico das cidades brasileiras que, ao longo do

seculo 20, renegou seus rios ao desejável plano da urbanidade,

do desenvolvimento urbano sustentável e do paradigma das

"cidades para as pessoas", Piracicaba é uma feliz exceção. 

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A cidade sempre teve uma relação prazerosa com seu rio e foram criados diversos parques às margens do Rio Piracicaba em seu trecho central ao longo do tempo. A margem leste, junto à região central e de ocupação histórica desde a fundação da cidade, foi se caracterizando por uma apropriação gradativamente potente da comunidade como território de lazer. O Parque do Mirante, à outra margem, (agora em processo de revitalização via Concuso Público promovido pela Prefeitura e IAB*) foi implantado e logo se tornou o principal atrativo da área, sendo posteriormente incorporado ao seu lado o Parque do Engenho Central (reciclando os usos anteriores do Engenho, pertencente à família Ometto e contando com projetos de diversos arquitetos ao longo das últimas décadas: Paulo Mendes da Rocha e Piratininga; Brasil Arquitetura; Pedro Mendes da Rocha e até, Oscar Niemeyer, nunca concretizado) e o Projeto Beira-Rio, criando a Rua do Porto, imenso sucesso turístico que atrai público não apenas da cidade, mas de toda a região (projeto de autoria do IPPLAP com o Arquiteto Eduardo Martini) e se complementa com o Parque João Hermann Neto, junto ao edifício moderno da Prefeitura. Mais recentemente surge, ao lado deste um parque de caráter mais esportivo, o Parque do Trabalhador. 

 

Agora surge a oportunidade de agregar dois importantes parque que completam toda área: o Parque do Bosque, ao lado do Parque do Engenho, e o Parque Renato Wagner em trecho até então "esquecido" e foco de degradação.

Assim, o trabalho lança pela primeira vez um olhar estratégico e sistêmico para a região toda e delineia diretrizes urbanísticas, ambientais, de mobilidade (com ênfase na fruição de pedestres e da implantação de sistema de ciclovias) e de amplo sistema de ativações programáticas com unidade de design e programas complementares: programas públicos (lazer, esportes, decks junto à água); módulos de equipamentos públicos (segurança, turismo, sanitários); módulos comerciais (alimentação e outros); grandes equipamentos (Engenho, Áquário, Planetário, Teatro, Museus). Finalmente, o trabalho desenvolve estratégias de diálogo junto à iniciativa privada, propondo um corredor urbano-comercial ("fachada ativa") na Av. Renato Wagner, propiciando nova dinâmica neste trecho hoje deteriorado. Ou seja, busca-se urbanidade. Ativação do território que se dá, sempre, com as pessoas nos espaços de uso coletivo.

 

O sistema de parques programáticos integrados estabelece uma estratégia de intervenção (urbana, ambiental, de mobilidade e turística) para toda a região onde todas as intervenções possuem caráter integrado e identidade comum e abre oportunidades de viabilização das intervenções como um conjunto territorial integrado, através de recursos públicos, PPP's e instrumentos urbanísticos e de construção de parcerias junto à iniciativa privada (players presentes na área e novos).

 

Tais oportunidades se potencializam neste momento da cidade com a janela de oportunidades advinda da revisão do plano diretor e com o diferencial "Piracicaba, cidade brasileira referencial na relação com seu rio".

 

Ficha Técnica

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Cliente: Prefeitura de Piracicaba (Prefeito Gabriel Ferrato; Secretaria de Turismo: Secretária Rose Massarutto e IPPLAP; Presidente, Arq. Lauro Pinotti)

Autores: Stuchi & Leite Projetos

Arquitetos Carlos Leite e Fabiana Stuchi

Equipe: Bruna Gripp, Daniela Mello, Danilo Bochini, Jaime Vega, Thayse Almeida.